quarta-feira, 21 de março de 2012

St. Patrick's Day, tour de cerveja e amizade!

Algumas datas são esperadas ansiosamente. E pra mim, o St. Patrick's Day, o Dia de São Patrício, é uma delas. Resolvi que comemoraria da maneira mais irlandesa possível, sob o maior número de tradições: de verde, fazendo um tour pelos principais pub's de São Paulo, onde o objetivo era tomar uma cerveja por local.

Foi assim que comemorei meu primeiro St. Patrick's, lá em Londres há 2 anos. Queria reviver um pouquinho daquela nostalgia. E posso falar? Aqui foi muito mais interessante!
Pra começar, claro, Mulheres e Cerveja sempre à caráter. As camisetas verdes deram o que falar, puxaram assunto e foram alvo de olhares desconfiados e conhecidos (beijos pro pessoal da Cerveja Gourmet!). As amigas como sempre participaram e até os amigos exigiram uma de presente... e eu não sei dizer não, tinha camiseta e baby-look, todos fofos! Alias, momento agradecer à todos pelo apoio: Vaninha, Dani Pioli, Ali, Nick e até a minha mãe - que agora resolveu que acompanha super o blog depois de ganhar a camiseta e desfilar por aí toda toda!

Camiseta para os Homens,
Babylook para as  Mulheres
Após os preparativos, às 14h começou o já programado tour. Eu sabia que não seria fácil, que teria trânsito e que, por ser sábado, teriam filas e mais filas... mas toda esta expectativa foi triplicada! Filas não... horas de espera. Trânsito não... engarrafamento. Pubs cheios não... esquema "sai um pra entrar um". Cerveja não... MUITA cerveja!

o verde invadiu o dia,
dos sapatos e cervejas às... unhas! 
 
Chegamos no O'Malleys cerca de duas e pouco da tarde, e adivinha? Lo-ta-do. Cardápio reduzido, conseguimos um cantinho para sentar e pedir uma demorada porção de fritas e filé aperitivo. Mas a cerveja, rápida e verde, verdinha - assim como a ponta do meu nariz por tradição! Uma Heineken gelada - por incrível que pareça. Duas delas depois e, antes da casa começar a cobrar entrada, nos despedimos do ponto um do tour rumo ao The Blue Pub.

Lá, uma taxa de entrada alta para quem queria ficar alguns minutos: R$31,00. Mas nada como a delicadeza - chamemos assim - feminina. Entramos com um cronômetro: 10 minutos para conhecer sem pagar entrada! Foi o tempo necessário para um amigo e dois raros exemplares da Duff verde, edição especial da Duff para o St. Patrick's Day. Foi o momento do dia. Eu, que ainda não tinha experimentado a cerveja (sério), parei o mundo naquele momento para curtir a long neck puro malte e seu sabor encorpado. Um aroma forte, que me remeteu à primeira vez que coloquei cevada nas mãos. No sabor, biscoito. Ah vai... era a cevada, mas sim, biscoito, que logo logo dá lugar ao amarguinho do lúpulo. Enfim, igualzinha a Duff vermelhinha que eu tomei depois, "pra comparar" (desculpinha...)

Após cerca de 30 minutos, novo rumo: All Black. Só pra ver a fila e dizer "nãããão". E seguimos para a busca de outro Pub. Finnegan's. Cheio e fila. Brew Pub. Oi? "Ah, vamos inovar o tour e tomar uma no Empório Alto dos Pinheiros e então partir pro Queen's Head? Sim!

Lá, chopp Bamberg verde e aquele atendimento eficaz de sempre, sem fila e bem baratinha. Cestinha de pães e conversas femininas depois, 3 quarteirões de caminhada para o Queen's Head que adivinha? Fechado até que esvaziasse um pouco. Um sorvetinho de volta no Empório e rumo àquele que seria o final da noite de acordo com a programação: The Sailor.

Eu trabalho do lado do local, passo todo santo dia ali e me assustei com o que vi. Portas abertas, som no meio da Faria Lima, fila até o posto da esquina. E ainda eram 8:30pm. Paramos um pouquinho, socialização na fila pra ver o que era e o que não era e... Kiaora! Fila média, R$35,00 de entrada e hummm... quer saber? Vamos pra St. Patrick's Party, organizada pelo All Black?

E foi lá que, as oito da manhã do domingo, St, Patrick's acabou. Num galpão na Vila Leopoldina, Leprechauns, potes de ouro, Baileys e muita Guinness - que ÓBVIO que eu entrei no bar pra tirar a minha. A banda tocava U2, a decoração festiva verde com trevos e chapéus, fiz Micheladas verdes no bar para os amigos e a fila de mais de uma hora era regada por esperança, vento frio e Budweiser do posto de gasolina.

Sim, foi perfeito. Afinal, "as coisas boas vêm para aqueles que esperam"!

terça-feira, 6 de março de 2012

Proibida

A vida e suas coincidências...

Por razões que fogem à minha competência - an-han - estou em um período de retiro. Por longos 30 dias estou proibida de tomar cerveja, seja ela qual for. 

E é um período necessário. Porque tudo em excesso faz mal, de água à felicidade, passando por comida, sexo e, quem diria, cerveja. E eu abusei no carnaval. Ao fazer uma continha de padeiro, coisa simples, percebi a quantidade homérica que ingeri nos 6 dias de festas tupiniquins. Afinal, em um lugar onde a garrafa de água custava R$3 e 4 latinhas de Skol 250ml - a famosa "piriguete" nas terras soteropolitanas - saíam pela bagatela de R$5, a escolha era até justa, haja visto o valor previamente gasto em abadás. Enfim, foram cerca de 20 unidades por dia, vezes 6 dias, vezes 140 calorias a unidade, vezes...

Odeio Pitágoras.

Eu, que estou acostumada à longos períodos sem doces, chocolate e "afins", vou dizer: é difícil. Qualquer dose meia boca de corrida, de risada ou de suco de açaí substituem a serotonina, mas nada substitui a cevada. Sim, porque eu ainda tenho livre acesso ao álcool, logo não é papo de alcoolatra não, eu de fato sinto falta de cerveja mesmo.

Mas esta é terminantemente proibida.

E então a última cerveja provada antes do carnaval, ou seja, antes do estopim deste jejum, foi exatamente uma Proibida
Encontrada por acaso em uma loja de conveniências, dificilmente nas prateleiras por aí, a Proibida é a famosa cerveja que "trollou" o Pânico ano passado, com as tchecas que no fim eram uma estratégia de marketing viral utilizada pela cervejaria, e que deu o maior auê por conta do principal patrocinador do programa, a Skol.  Dizem que foi pegadinha, dizem que foi estratégia. Enfim... a cerveja tem um bom Marketing, criou a primeira likestore no Facebook semana passada e teve até bloco de carnaval em Récife.

A cerveja é o último lançamento da Companhia Brasileira de Bebidas Premium (CBBP), cervejaria da região nordeste do Brasil existente desde 2008. É uma Pilsen brasileiríssima que segue à risca a receita tcheca de cerveja, utilizando malte e lúpulo importado. Não é uma cerveja artesanal, não vem cheia das nove horas - pelo contrário, comprei num posto de gasolina por cerca de R$5 e provei na própria long neck mesmo - mas tem ares de Premium. Tem um aroma que chama a atenção, diferente das Pilsens do mercado, com um toque herbal e denotando lúpulo, mas no sabor um amargor leve, um pouco ácida e aguada. Nenhuma grande inovação nem descoberta, é uma cerveja de boteco, de verão. Refrescante como uma boa tcheca (sério, que frase esquisita!), boa para deixar um gostinho de quero mais quando este meu "inferno astral" acabar.

Só por mais 20 dias!