terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Cerveja quente - no bom sentido!

E quem é vivo sempre aparece...

É verão. E o verão mais quente dos últimos 70 anos. Conversa de elevador à parte, conceitualmente o verão é o melhor amigo da cerveja  - que embora tenha seu berço nas terras frias, nós brasileiros e cervejeiros por natureza adotamos a máxima de que o verão pede uma boa loira gelada.

E na minha ainda habitada prateleira de cervejas patrocinadas, noto um rótulo enviado pela Clubeer perfeito para minha sensação térmica: a Labareda, da Coruja.

Eu sei, eu sei... a noite era para algo mais refrescante nos seus 30 e tantos graus, algo cítrico talvez, mas a cerveja com pimenta me desafiou. Uma cerveja fora-de-série, a segunda da Coruja, que é a nossa brasileira das invenções (já falamos sobre a Coruja aqui, nacional do sul com a tal cerveja viva, lembram?) e fez esta apimentada em parceria com o músico Wander Wildner - presente no rótulo inclusive. Ainda falando de rótulo, nada refrescante, pelo contrário, quente. Mas que diz refrescar, em suas palavras, "refresca a alma, o corpo e a mente". Uma cerveja curiosa e ousada. 

Uma larger que surgiu de uma Keller Bier, cerveja de porão, esfumaçada, com o acréscimo do fino malte Vienna e um toque de pimenta, o que torna a Labareda uma autêntica Rock Bier. Com retrogosto picante na medida, tem sua cor âmbar e espuma bege levíssima, onde nota-se o malte, um caramelo meio defumado e especiarias. Muito pouco amarga, que bem gelada desceu e sim... refrescou! Com seus 6.7% de ABV, não apimenta tanto a alma quanto a boca.

Um leve queimar nos lábios, acalentados pelo ventilador na cabeceira da cama e uma vontade absurda de... ar-condicionado!