sexta-feira, 13 de maio de 2016

Cat in the box: Cerveja em lata, sem preconceitos e sem superstições!

Eu confesso que adoro Sextas 13. Geralmente tenho boas notícias, ou pelo menos um dia feliz e agradável. Não sou das mais supersticiosas, mas respeito MUITO uma escada na parede, um sapato de ponta cabeça, uma acordadinha com pé direito. Sou adepta mesmo é do #vaique...

Mas quem sofre é sempre o coitado do gato preto. Já escrevemos sobre isso AQUI
Mas vamos falar de novo? VAMOS!

Porque tem gato novo no pedaço, é lançamento e tem uma coisa bacana nisso tudo: é pra quebrar preconceitos, paradigmas, superstições. E quer preconceito cervejeiro maior que cerveja artesanal em lata?

EM LATA?

É. em lata. E cerveja nacional. Digo e repito a todos há algum tempo, cerveja artesanal em lata mantem o frescor, não altera o sabor e, melhor ainda, gela mais rápido nos casos de extrema necessidade. 

Recentemente tivemos, em São Paulo, uma brassagem coletiva das cervejarias Dádiva, Urbana, Dogma, J.Beer e Perro Libre. Todas em lata. E foi onde uma nova receita da Cat in the Box, da Urbana, foi feita.

A Cat in the Box é receita antiga, de 2008. Sofreu algumas alterações em muitas brassagens que nem saíram pro mercado, antes mesmo da Cervejaria Urbana ser comercial. Uma cerveja do estilo Imperial Stout, intensa, com 100 IBU, que não desequilibram com seus 11% de abv. No aroma, além do malte torrado, evidencia-se o dulçor do cacau adicionado à receita. Cremosa, escura, de corpo brilhante e textura aveludada. Impacto de álcool no primeiro gole, amargor e dulçor perfeitamente harmonizado, enaltecendo as notas de cacau, baunilha e café expresso. Seu aquecimento persiste e pede o próximo gole. Sem falar do rótulo, uma obra de arte felina!

Harmoniza bem com uma sexta-feira fria, gato dormindo no pé da cama, filme típico do estilo  - ou quem sabe Walking Dead ou GoT pra quem gosta. Eu vou de NetFlix, assistindo "Love, Rosie". Harmonizando com pipoca! #ossommelierpira

Sim, Sextas 13 são de boas notícias, boas energias e bons momentos!

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Mãe, só tem uma!

Mãe é mãe, e elas tem esta capacidade de nos apoiar incondicionalmente, mesmo que não entendam patavinas o que fazemos. A minha era assim. ERA.

Ela curtia e compartilhava TODOS os meus posts de cerveja sem nem saber o que era uma Stout, IPA ou cerveja não pasteurizada. Um belo dia, ela me ligou e disse: “Me diz o que eu posso pegar de cerveja no seu quarto, porque olha, essas aqui da geladeira não dá mais pra tomar não...”

Sorri e chorei. Por um lado minha incentivadora tinha virado uma nova amante de cervejas especiais; seu paladar tinha apurado e agora ela já não mais tomava Skol. Mas isso também significava uma considerável baixa no meu estoque pessoal, porque ela não brinca em serviço viu...

Minha mãe tem um paladar até que bem amplo. Gosta das amargas, faz cara feia mas gosta. Gosta das escuras mas nunca toma o copo todo. O que ela toma sem “mas” é Pilsen mesmo. Geralmente separo pra ela uma ou outra mais frutada, Witbier ou American Wheat. 

Para ela, a perfeita do dia das Mães será a Vedett, uma witbier belga que eu, por acaso, encontrei no Pão de Açúcar a um preço tão prostituído que não vou poder escrever, ou a censura me pega aqui. Mas estava próxima ao vencimento e pra balizar, com o valor da caixa de 24 unidades que trouxe no port-malas, eu mal compraria 3 unidades...

A Vedett é uma Witbier, estilo que usa trigo não-maltado, semente de coentro e casca de laranja. Uma cervejaria mais comercial na Europa, com ações tipo a da Coca-cola, onde você manda uma foto e eles imprimem no rótulo. Simpático não? Tem ótima drinkability, cerveja de cor amarelo-palha, turva e ótima formação de espuma. Aroma com notas cítricas, evidenciando a semente de coentro que dá um toque condimentado junto com o floral do lúpulo. Baixíssimo amargor, sabor de pão e fermento no retrogosto provenientes do trigo e da fermentação. Possui uma boa acidez seguida do amargor bem leve e agradável, com 4.7% ABV que nem marcam território.

Ano passado dei de presente pra Dona Vânia, essa minha mãe, uma cesta de cervejas; ela, com sorriso na orelha disse: “Olha, eu tenho as minhas próprias cervejas!”

Tão bonitinha, mas meu irmão tomou todas, para seu azar e tormento materno. Este ano ela vai ganhar uma TV, só que ainda não sabe. E pior: certeza que vai me cobrar suas próprias cervejas...

Saúde e vida longa às mamães!