sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Ein, Zwei, G’sufa... Oktoberfest!

(um, dois, beber... Oktoberfest!)

Existem coisas, pessoas e oportunidades na vida que a gente arranja motivo pra não deixar pra trás. E a Oktoberfest foi uma delas. Na realidade eu até agradeci por ter “postergado” a oportunidade de ir na Oktoberfest. Ano passado surgiu a vontade e o convite, que eu acabei passando. Ainda bem, porque este ano as coisas tinham um brilho diferente. Uma vontade diferente, um interesse diferente. E que bom, a mesma companhia!

Muita coisa tem acontecido ultimamente, eu ganhei novas companhias sensacionais, mas perdi algumas que ainda machucam. No final de semana em Blumenau, duas pessoas fizeram uma falta irreparável, por dois motivos diferentes. Mas é a vida, a gente não tem controle sobre o sentimento dos outros, né? Mal temos sobre os nossos...

Enfim... um final de semana de guerreira, como ouvi dos amigos. De anjo à alemã, de uma festa à fantasia em Santos na sexta-feira à Blumenau, passando por São Paulo, Navegantes, ônibus, taxi, avião. Nem eu sei como cheguei... Mas cheguei, e logo nossa visita no sábado à fábrica da Eisenbahn estava já agendada para as 16h. 5 grandes apreciadores de cervejas e petiscos, pedindo todo o arsenal do cardápio antes mesmo da visita à produção.

Touquinhas à postos, e a Amanda já começa seu discurso, mostrando maltes, lúpulos, cerais, explicando o passo-a-passo da velha produção de cerveja, barris, toneis, fermentação... aquele roteiro que todo cervejeiro A-D-O-R-A. No fim, fotos, fotos, e nossa prova da cerveja recém produzida. E, claro, a compra de souvenirs, onde eu me acabei com exemplares de Eisenbahn Oktoberfest e ainda um Licor de cerveja, que vai ser tema de um post futuro...

 
Inspirada na Oktoberfest de Munique, que ocorre há 200 anos, nossa versão brasileira é a maior festa alemã das Américas, com sua primeira edição em 1984 (quase a idade da Catarina!) e até hoje faz de Blumenau o principal destino turístico de Santa Catarina no mês de outubro. Embora o mote principal seja a cerveja, a Oktoberfest é folclore, tradição e cultura, com muita música, comidas típicas, danças e paradas com os costumes alemães preservados pelos imigrantes desde as formações das colônias vindas da Europa para o sul do Brasil. Em suas 26 edições mais de 17 milhões de pessoas já passaram pelo Parque Vila Germânica, ou seja, uma média de um público superior a 700 mil pessoas por ano.
A Oktoberfest original – uma das pretensões de viagem em curto prazo de Catarina - começou em 12 de outubro de 1810, quando o Rei Luis I, mais tarde Rei da Baviera, casou-se com a Princesa Tereza da Saxônia e para festejar o enlace organizou uma corrida de cavalos. O sucesso foi tanto, que a festa passou a ser realizada todos os anos com a participação do povo da região. Em homenagem à princesa, o local foi batizado com o nome de Gramado de Tereza. A festa ganhou uma nova dimensão em 1840, quando chegou a Munique o primeiro trem transportando visitantes para o evento. Passaram a ser montadas barracas e promovidas várias atrações. Neste local apareceram também os primeiros fotógrafos alemães, que ali encontraram um excelente ambiente para fazerem suas exposições. A cerveja, proibida desde os primeiros anos, só começaria a ser servida em 1918. Logo depois, os caricaturistas já retratavam a luta pelos copos cheios de cerveja e pela primeira vez pode-se apreciar nas telas dos cinemas a festa das mil atrações. Por consequência das guerras e pela epidemia de cólera, a Oktoberfest deixou de realizar-se 25 vezes. De 1945 até hoje, aconteceu ininterruptamente. Atualmente, a Oktoberfest de Munique recebe anualmente um público de quase 10 milhões de pessoas. O consumo de cerveja chega a 7 milhões de litros. (fonte: www.oktoberfestblumenau.com.br)
 
À noite, o evento, na Vila Germânica, e Catarina produzida com os costumes alemães não se continha. Um longa fila, uma longa espera, um evento lotado. E muita, MUITA gente bonita. Mais precisamente mulheres bonitas. Claro né, o sul e suas garotas aspirantes à modelos, seus olhos, peles e cabelos claros, seus biótipos de dar inveja à muita paulista. (Aqui cabe: não à mim, se tem uma coisa que faz parte do meu conjunto hoje em dia é a autoestima. Bora que o público é vasto gente...)

Música típica, comidas típicas, shows e atrações, muitas tendas das cervejarias locais, entre elas a Cervejaria Schornstein (um post futuro falará sobre a proeza do seu chopp natural), a Eisenbahn, de onde eu mal saí de perto, e minha primeira aquisição: o valioso caneco de chopp de 1 litro com o cordão característico. Fundamental. Foram 10 fichas de R$4,50, 10 chopps, e nem todos consumidos. Foi um sufoco vender as fichinhas no mercado clandestino e, na desistência, o erro: chopp de vinho. Foi neste momento que eu ouvi do Chefe Ali: “Catarina, você era meu orgulho, agora eu tenho vergonha de você.” 1,5litro de chopp de vinho e uma ressaca fenomenal no dia seguinte me lembraram que não importa quão cheiroso e convidativo o chopp de vinho pareça, ele é MUITO traiçoeiro. Sim, este eu digo com veemência: NUNCA MAIS.

Já quase na porta, debaixo de forte garoa (que a paulista que vos fala leva pra onde quer que viaje), um tropeço: um quiosque da AMBEV e a minha, a nossa, amada Hoeggarden. Justo no final, pela quantia de R$8,00 a “garrafa”. Também havia Stella Artois, Brahma (oficial) e muitas e muitas outras marcas do precioso líquido que adornava o evento com flores.

Hora de ir embora, que pela graça do horário de verão, tivemos uma hora a menos de evento. Cinco horas da manhã, e uma longa estrada nos esperava no dia seguinte. Que só não era mais longa que a minha estrada, que a cada cerveja, cada evento e cada pessoa que conheço, se mostra maior e bem mais interessante.

Na próxima semana: Einsebahn Oktoberfest, ainda em clima de folk germânico.

Ein Prosit!

Um comentário:

  1. meu, desculpa, peguei pesado mas cara.. chopp de vinho nao gata.. serio...

    e meu.. que que era aquela pilsen natural meu.. temos que ir pra holambra

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