terça-feira, 6 de março de 2012

Proibida

A vida e suas coincidências...

Por razões que fogem à minha competência - an-han - estou em um período de retiro. Por longos 30 dias estou proibida de tomar cerveja, seja ela qual for. 

E é um período necessário. Porque tudo em excesso faz mal, de água à felicidade, passando por comida, sexo e, quem diria, cerveja. E eu abusei no carnaval. Ao fazer uma continha de padeiro, coisa simples, percebi a quantidade homérica que ingeri nos 6 dias de festas tupiniquins. Afinal, em um lugar onde a garrafa de água custava R$3 e 4 latinhas de Skol 250ml - a famosa "piriguete" nas terras soteropolitanas - saíam pela bagatela de R$5, a escolha era até justa, haja visto o valor previamente gasto em abadás. Enfim, foram cerca de 20 unidades por dia, vezes 6 dias, vezes 140 calorias a unidade, vezes...

Odeio Pitágoras.

Eu, que estou acostumada à longos períodos sem doces, chocolate e "afins", vou dizer: é difícil. Qualquer dose meia boca de corrida, de risada ou de suco de açaí substituem a serotonina, mas nada substitui a cevada. Sim, porque eu ainda tenho livre acesso ao álcool, logo não é papo de alcoolatra não, eu de fato sinto falta de cerveja mesmo.

Mas esta é terminantemente proibida.

E então a última cerveja provada antes do carnaval, ou seja, antes do estopim deste jejum, foi exatamente uma Proibida
Encontrada por acaso em uma loja de conveniências, dificilmente nas prateleiras por aí, a Proibida é a famosa cerveja que "trollou" o Pânico ano passado, com as tchecas que no fim eram uma estratégia de marketing viral utilizada pela cervejaria, e que deu o maior auê por conta do principal patrocinador do programa, a Skol.  Dizem que foi pegadinha, dizem que foi estratégia. Enfim... a cerveja tem um bom Marketing, criou a primeira likestore no Facebook semana passada e teve até bloco de carnaval em Récife.

A cerveja é o último lançamento da Companhia Brasileira de Bebidas Premium (CBBP), cervejaria da região nordeste do Brasil existente desde 2008. É uma Pilsen brasileiríssima que segue à risca a receita tcheca de cerveja, utilizando malte e lúpulo importado. Não é uma cerveja artesanal, não vem cheia das nove horas - pelo contrário, comprei num posto de gasolina por cerca de R$5 e provei na própria long neck mesmo - mas tem ares de Premium. Tem um aroma que chama a atenção, diferente das Pilsens do mercado, com um toque herbal e denotando lúpulo, mas no sabor um amargor leve, um pouco ácida e aguada. Nenhuma grande inovação nem descoberta, é uma cerveja de boteco, de verão. Refrescante como uma boa tcheca (sério, que frase esquisita!), boa para deixar um gostinho de quero mais quando este meu "inferno astral" acabar.

Só por mais 20 dias!

Um comentário:

  1. Oi, Estou adorando o blog,
    sobre a Proibida também provei entretanto fiquei muito decepcionada a cerveja não segue a lei de pureza, usa carboidratos não malteados, dessa forma é mesmo uma cerveja só de boteco.

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