sexta-feira, 29 de junho de 2012

Para um verão diferente, Sidras!


Quem é vivo...

Virou tradição - espero - passar as férias em Londres e dar aquela esticadinha, até onde o cartão de crédito permite! E este ano a viagem se deu por um motivo nobre e sem chance de recusa! Então, cá estou!

Já matei as saudades de muitas cervejas aqui... a primeira, correndo, foi a Früli, lógico. Depois Guinness, Innis & Gunn (a perfeita do ano passado), Snake pint (mistura australiana de uma espécie de groselha, cerveja e cidra), Carling... e sempre que possivel, aquela passada no Tesco pra descobrir algo novo e barato.

Mas hoje não falo de cerveja. Quero falar das "Ciders". Sim, a sidra, a Cereser, popular substituta brasileira do Champagne na hora dos fogos de Ano-Novo. A sidra é uma bebida preparada com sumo fermentado de maçã. Seus maiores produtores são Inglaterra e França, no entanto é também bastante popular na Suíça, Alemanha, Espanha, Portugal, Brasil, Irlanda, Áustria, África do Sul e Austrália. No Reino Unido, a sidra é geralmente associada à região oeste do país, e também produzido no País de Gales e na Inglaterra, onde há duas grades fazendas de sidras. Estima-se que há cerca de 480 fabricantes de Sidra ativos no Reino Unido, tomando 8% do mercado alcoólico do Reino Unido. Sabendo-se como este povo bebe, não é um mercado pequeno...

Já dei uma breve apresentada sobre as sidras no inicio da nossa busca, mas sem me aprofundar. Com o verão na Inglaterra, este ano foi uma das minhas primeiras opções para refrescar o calor de ... 25C. Nossa! E de fato são mais populares no verão do que as cervejas, cujas temperaturas não são as mais geladas. 

Servidas em pints repletas de cubos de gelo, elas ocupam um grande espaço nas geladeiras dos pubs e prateleiras dos supermercados. Minha favorita, sempre, é a Kopparberg. Um nome sueco, uma grande marca inglesa. A Kopparberg é uma sidra da categoria suave, leve, doce e refrescante. Me lembra um pouco a nossa H2Oh, sem muito gás e com um sabor bem suave. A de pêra minha fiel favorita, mas também nos sabores Morango, maçã e outras combinações estranhas e surpreendentes. Todo verão eles inovam com um novo rótulo. Já a "dona do pedaço" é a Strongbow, vendida tanto em garrafas longnecks como "from the tap", popular nos pubs londrinos. Uma sidra seca mais clássica, forte, de maçã tradicionalmente. Não inventam sabores. Aliás, no passado, era dos mesmos produtores da Heineken.


Ainda no popular, a Magners, a segunda mais vendida. Esta é irlandesa e comumente vista como patrocinadora de grandes eventos e shows no Reino Unido e Irlanda. Nas versões Original, Pêra, Frutas vermelhas, Light e a sensação deste verão, "Spiced Apple and Rhubarb". Eu nunca comi um ruibarbo, mas na sidra é bem gostoso. 


Estas todas já eram velhas conhecidas minhas de outros tempos, mas este ano uma nova - e excelente marca - foi lançada, que tomou o posto da perfeita entre as Ciders: Rekordelig. Sim, Sidra é algo sueco, então é comum esses nomes estranhos! A Rekorderlig é genuinamente sueca, uma empresa familiar, no mercado local desde 99 e agora se expandiu para a União Européia. Tem 6 sabores, uma sidra suave, não tão doce quanto a Kopparberg e mais refrescante.

Eu que nem buscava perfeição, achei uma Cider perfeita. Viagem de surpresas!

sexta-feira, 15 de junho de 2012

De mulher pra mulher...

Nem só de busca vive Catarina...

Eis que recebo das meninas do Negócio de Mulher um convite para um evento especial: "Oficina Feminina de Degustação de Cervejas "

Vou replicar exatamente o release que recebi e contar porque fiquei encantada:

O Negócio de Mulher, um grupo de empreendedoras que desenvolve iniciativas criativas para as mulheres, promove no dia 23 de Junho, no Cinecittá Café, em Belo Horizonte, a Oficina Feminina de Degustação de Cervejas, com Armando Fontes, produtor da Cerveja Vilã e membro fundador da AcervA Mineira (associação de cervejeiros artesanais de MG).

Com o objetivo de levar a cultura e conhecimento de cervejas às mulheres, a oficina desvendará as diferenças entre os diversos estilos da bebida, abordará a história e as principais escolas cervejeiras do mundo, além de ter um momento reservado para a degustação de rótulos nacionais e internacionais especialmente escolhidos para o paladar feminino. 

Um pesquisa realizada em 2010 pela gigante inglesa SABMiller descobriu que as mulheres são melhores provadoras de cerveja que os homens. Evidências mostrariam que elas têm mais sensibilidade para detectar off-flavours que os homens. “Percebo que as mulheres experimentam mais, estão mais abertas a novas experiências que os homens” - revela Armando.

Karine Drumond e Priscila Valentino, sócias da Negócio de Mulher, ressaltam também a ligação da mulher com as cervejas: “As mulheres estão intimamente ligadas à descoberta da cerveja e sua produção. A cerveja não foi inventada, mas aprimorada e uma mulher na Alemanha, a beata Hildegard von Bingen 1179, abadessa beneditina, erudita e visionária, deu a primeira contribuição científica e técnica à produção de cerveja ao acrescentar o lúpulo na receita - explica Karine. “Por isso não estamos inovando com essa história, mas sim resgatando um pouco desta cultura” - complementa Priscila.

O encontro acontecerá no Cinecittá Café, onde as participantes poderão aprender e degustar os rótulos que serão apresentados, acompanhados de aperitivos e sobremesa harmonizada.

As vagas são limitadas e a inscrição deve ser feita pelo link http://bit.ly/KxPTxK. O valor promocional de inscrição é de R$90, até dia 20/06 e R$100 para inscrições após esta data. (Cervejas e aperitivos já inclusos no valor). O pagamento poderá ser feito com boleto bancário, depósito ou transferência.

Data: 23 de Junho
Horário: 14:30 às 17:30 hs
Local: Cinecittá. Rua Aimorés, 582, Funcionários
Valor: promocional até dia 20/06: R$90,00 | após 20/06: R$100,00
Inscrições: http://bit.ly/KxPTxK
Mais informações no site http://bit.ly/Lmde4K, pelo telefone 31 9841-8406 ou email contato@negociodemulher.com.br

Achei a ideia sensacional! Um evento reunindo apenas a beleza das mulheres e os encantos e sabores das cerveja... de novo, SENSACIONAL. E, para mim, seria um excelente motivo para enfim conhecer BH. Massssssss embarco dia 22 para minha saga anual no velho continente, seguindo minha incansável busca por cores, cheiros, sabores e rótulos em novos e já conhecidos locais! 

Pra quem puder participar do evento e quem sabe encontrar a cerveja perfeita por lá, me conta! Sério, vou adorar ceder o espaço para mulheres engajadas na busca da cerveja perfeita! (emailme: mulheresecerveja@gmail.com)

Saúde, em mineirim...

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Quilmes que te quiero

E eis que esta é a semana mais romântica do ano!

Entre os apelos comerciais de São Valentino, João Dória e Santo Antônio, uma viagem romântica, a dois, celebrando um amor recente e cheio de novidades. Ser romântico é bom e inspira textos dignos de Neruda. Ou, melhor colocado, Cervantes.

Mas como eu não entendo poesia, minha atenção estava voltada para algo além daquele conjunto de bíceps, tríceps e palavras bonitas. Eu tinha uma família a visitar na terra de Evita Péron. Ah Buenos Aires com suas recordações, seu outono quase europeu, alfajores e aquelas Mediallunas!

E aquela cerveja...

Já falamos da Quilmes Cristal, cerveja trazida de presente de uma viagem de lua-de-mel. Mas eu fui além, e conheci a família Quilmes.

Comecei pela Quilmes Stout, uma cerveja mais indicada para aquele frio da madrugada. Uma cerveja escura, com tom avermelhado, de corpo e cremosa, feita com maltes torrados que conferem o aroma de uma Stout. É um tipo de cerveja mais doce, com um amargor muito suave e equilibrado, com caramelo torrado que lembra o café ou chocolate. Como qualquer Stout. É uma boa cerveja sim, mas sem muita personalidade. Na realidade foi este meu comentário, e ao ler sobre a cerveja, percebi que não fui a única com este sentimento...




A Quilmes Bajo Cero. Para quem conhece Antarctica e Antarctica Sub-zero, aquela filtrada a -2C... Pronto. Se não conhece, é uma cerveja mais fraca, que desce mais fácil por ser mais aguada, refrescante para os dias quentes e para quem não esperar uma cerveja encorpada. Tem o mesmo quê de azedinha da Quilmes, mas mais suave. Cerveja de praia. O que na Argentina não combinou muito. Culpa do frio, ou não.
Depois destas duas experiências um tanto medianas, mesmo sabendo que ainda tinha 3 rótulos pendentes na família e já tendo como a preferida da família a velha Cristal - uma das minhas favoritas na hora do Happy Hour - fui vencida pelo vinho. Feita esta troca, todos sabemos que não poderia retornar à cerveja pelo menos por um dia. E a viagem já teria acabado.

O que não impediu de um novo rótulo sair de Caminito para a mala. Cenas de um próximo post...

terça-feira, 5 de junho de 2012

Birra che te fa bene!

Ainda com aquela reportagem na cabeça, fui de “ingredientes exóticos”. A cerveja cujo nome sempre me fugia, mas o design do rótulo estava vívido na cabeça, e então, lá mesmo no Empório Alto dos Pinheiros, ela estava lá, entre as duas irmãs.

A Mastri Birrai Umbri Cotta 37. Suas irmãs, de sobrenome Cotta 21 e Cotta 74, a cercavam. A escolha foi feita A pela curiosidade de seu ingrediente exótico e B pelo prato que havia escolhido (pra quem não sabe, no Empório Alto dos Pinheiros também come-se muito bem!), mezzalunas coloridas de brie com manteiga de sálvia pediam uma red Ale como acompanhamento.

Cerveja artesanal italiana, então eu vou usar a descrição em italiano:

“ La Rossa Artigianale dei Mastri Birrai Umbri è prodotta seguendo la ricetta Cotta 37 con il tradizionale metodo dell’alta fermentazione e con l’impiego di materie prime ricercate e di malti speciali tostati, che caratterizzano il suo colore ramato intenso e naturalmente velato. ll suo aroma coinvolgente è dominato dalla complessità dei luppoli nobili che si evolvono verso eleganti note di caramello e buccia di arancia. Il corpo è rotondo, il gusto bilanciato. L’artigianalità della produzione, il metodo dell’alta fermentazione, la non filtrazione e la non pastorizzazione possono creare un sedimento sul fondo della bottiglia. Temperatura di servizio: 8° - 10°"

E todo meu italiano de Terra Nostra entendeu o recado: cerveja boa!

Uma Spice/Herb/Vegetable Beer. Porque? Este é o ingrediente exótico: ervilhas, que aceleram sua fermentação. Suas irmãs, que atiçaram minha curiosidade, utilizam-se de lentilhas na Cotta 74 e farro, um cereal típico italiano, na Cotta 21. Com uma garrafa (maravilhosa) de 750ml se torna impossível provar as três. 

Red artesanal, que nem é tão avermelhada, muito mais para alaranjada, dourada, turva. Sua espuma é densa, consistente, e no aroma já sentimos o toque caramelizado do malte e, veja, ervilha, entre notas adocicadas de frutas secas, Um sabor inusitado, bem maltada, e o mais intrigante é que também dá pra sentir o sabor suave da ervilha no corpo, com uma finalização levemente amarga. Por não ser filtrada e refermentada na garrafa, tem sedimentação no fundo da garrafa, o que faz com que o segundo copo seja mais turvo. Uma cerveja surpreendentemente refrescante e fácil de beber – não fosse escassos goles dos acompanhantes de mesa, tomei toda a garrafa. O preço foi justo, na minha opinião: R$37,00.


E como publicitária, não fico só na cerveja. O site da Mastri Birrai Umbri é sensacional, muito bem desenhado, com um toque clássico italiano mas com um quê do moderno da internet. Gostei muito!


E eu que jamais imaginaria quanto assunto uma simples Vejinha me traria. Que venham as de grande estilo, dias frios, dias quentes, mais fortes, mais doces e embalagens diferentes!

Salute!