sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Tem mas acabou

Nada fez mais barulho na internet ultimamente do que o enfim lançamento da Duff, a tal cerveja do Homer aqui em São Paulo. Mil releases anunciavam a festa de lançamento na quinta-feira passada e a distribuição em primeiramente 30 pontos de venda em São Paulo. O preço: R$10.

Na quinta-feira liguei no Empório Alto dos Pinheiros, um dos locais favoritos para degustações, que estava na lista dos locais que teriam a tal e a atenciosa Zenilde claramente não sabia do que se tratava quando disse que receberiam e que o lote era grande. Eu, tranquila, avisei os amigos e fomos todos, equipe completa, provar tal lançamento.

#fail

Tem mas acabou. Na sexta-feira mesmo, rolou fila. E isso não só no Empório. Na segunda-feira, fui ao Johnny Peppers. Em vão. E assim em muitos outros lugares, que receberam e a demanda não atendeu à imensa procura.

E cá estou eu, esperando que, por coincidência, sem mais expectativas, encontre com a tal cerveja do macho, para poder dar as minhas considerações.

Considerações esta que já adianto: tenho a impressão que a Duff deve ser muito parecida com a Budweiser. Não sei porque mas tenho este feeling... inclusive um amigo que a provou concordou comigo, mas enfim... maiores conclusões só depois de provar, nada mais justo.

E para quem provou: Cheers!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

10 dicas para aproveitar melhor sua cerveja

Navegando por aí pela internet, eis que em um site predominantemente masculino – que meu lado menino e bagunceiro adora! – encontro dicas preciosas sobre cerveja. Achei de fino trato dividir. Sem antes, claro, dar um toque feminino à coisa. Digno.
São 10 dicas e curiosidades, simples, para que possamos aproveitar melhor nossa cerveja. Algumas são clássicas e sabidas, outras novas e curiosas, mas todas uma importante lição para quem se interessa em beber bem.

1.    Gelada demais x gelada de menos
Enquanto gourmets e fãs de cervejas especiais afirmam que a bebida, quando servida em baixíssima temperatura, perde sabor e aroma,  grande parcela da população, consumidora das pilsens comuns, prefere a garrafa “trincando” de gelada. Difícil é dizer quem está correto. Como a forma de consumo é um hábito – e um prazer – o certo mesmo é fazer o que lhe agrada. Embora seja importante salientar que mesmo as Pilsens, as cervejas que devem ser consumidas mais geladas, começam a perder sabor quando estão abaixo de 4°C. Ainda, as bebidas excessivamente geladas amortecem as papilas gustativas e isso influencia no sabor. Ou seja, por mais refrescante que a cerveja esteja em um dia de sol, não se estará apreciando o líquido na sua melhor forma. As cervejas mais encorpadas, como as trapistas por exemplo, devem estar por volta de 14°C, contraindicada então para dias quentes ou ambientes sem ar-condicionado!


2.    Como gelar mais rápido?
Churrasco ou festa de última hora, onde os convivas levam o pack de cerveja em temperatura ambiente tem solução. Existe um artifício, comumente usado em baladas, para a cerveja gelar em minutos.
O segredo é químico: trata-se apenas de combinar os fatores temperatura baixa e superfície de contato. Colocar a cerveja para gelar no freezer é de fato a forma de se atingir a temperatura mais baixa possível, mas isso é demorado, já que o ar não é o melhor condutor de temperatura. A forma mais rápida é colocar bastante gelo e água, que envolve toda a embalagem da cerveja e esfria o líquido rapidamente – o que em outra forma oposta chamamos de “banho-maria” (claro que tinha que ter nome de mulher...).
Adicione à esta mistura sal e álcool, que junto com a água e gelo deixam a temperatura ainda mais baixa, tornando o processo ainda mais rápido. Só não se esqueça de lavar a embalagem antes de consumir. E de nunca comprar álcool com eucalipto.

3.    A escolha do copo é importante?
Independente do tipo da cerveja, é importante que o copo seja, ante de tudo, incolor e transparente. Só assim é possível observar a coloração e a formação de espuma da bebida. O formato também faz diferença de acordo com o tipo da cerveja e, se bem escolhido, tende a potencializar suas características. Apesar de existirem modelos ideais para cada rótulo algumas regras gerais podem ser seguidas:
- cervejas leves podem ser bebidas em copos tipo tulipa ou em taças com “pezinho” — ele impede que o calor da mão esquente o líquido;
- os exemplares mais aromáticos devem ser degustados em copos com bojo largo, que favorecem o desenvolvimento dos aromas;
- cervejas weiss têm alta carbonatação, grande formação de espuma e um fermento que fica no fundo da garrafa e que deve ser misturado à cerveja. Por isso, se faz necessário usar aqueles  copos compridos e mais largos no topo, que comportam 500 mililitros, chamados de weizen;
- copos americanos são úteis para beber cervejas leves bem geladas. Como é pequeno, o consumo do líquido é rápido e não dá tempo da bebida esquentar, mesmo com o calor das mãos;
- as de tipo champenoise, feitas com um método de fermentação semelhante ao do champanhe, devem ser bebidas nas taças indicadas para esta bebida, do tipo flûte.

4.    Onde guardar?
Cerveja não é vinho. Isso serve tanto para o consumo quanto para o armazenamento. A cerveja, quanto mais jovem for consumida, melhor. Então, armazenar não é muito aconselhado. De qualquer forma, para guardar garrafas e latas, o melhor é mesmo a geladeira, ou, ao menos, um ambiente fresco e protegido do sol.

5.    Latinha x garrafa
Eu particularmente não gosto muito de cerveja em lata, salvo as exceções das festas e churrascos. Mas a verdade é que não há nenhuma diferença. O processo de produção da bebida é igual. O que existe é uma pequena diferença de resistência da garrafa, que acaba retendo mais gás carbônico, mas isso é imperceptível ao paladar. Continuo discordando.

6.    É melhor gelar a garrafa deitada ou em pé?
De novo, cerveja não é vinho. Em pé, porque ainda se tem um pouco de ar residual na garrafa e o oxigênio é prejudicial à cerveja, pois causa o envelhecimento do líquido. A garrafa em pé diminui o contato com o ar. Mas hoje a maioria das cervejarias trabalham com o mínimo de oxigeno residual, o que diminui a diferença entre uma e outra posição para armazenar e gelar.

7.    Que tal uma degustação?
Para começar, é indispensável que os copos estejam limpos e secos. O ideal é seguir uma linha para guiar a degustação: cervejas diferentes de um mesmo fabricante ou cervejas do mesmo estilo, mas de fabricantes diferentes. Escolhidos os rótulos, é indicado começar com as mais leves primeiro, partindo para as mais encorpadas e alcoólicas. Para aguçar os sentidos, é aconselhável que os participantes não tenham consumido bebidas alcoólicas no mesmo dia. Para perceber as características de cada bebida, é essencial que elas sejam servidas na temperatura adequada.

8.    Quais as cervejas mais refrescantes?
As cervejas do tipo larger, em especial as pilsens são as mais indicadas. Porém isso não se restringe às marcas populares. As pilsens tchecas, por exemplo, são extremamente refrescantes (como já disse sobre a Czechvar). Ainda, outras opções, como as bières blanches (feitas de trigo) são excelentes pedidas para o calor. As cervejas de trigo da Alemanha também são bem refrescantes e as lambic com frutas também podem ser boa opção de aperitivo em dias quentes.

9.    Existe drinque com cerveja?
Para Catarina, por uma questão de alter ego, o melhor é a Michelada. Drink popular no México, consiste de limão, um pouco de sal (tem quem coloque pimenta chili  também) na borda do copo, cubos de gelo, e cerveja pilsen. Há variações da bebida em outros pontos da América Latina, que pode levar suco de tomate e outros temperos. Nos EUA também é possível encontrar variações de margaritas feitas com cerveja, assim como no Brasil alguns bares já se arriscaram a oferecer caipirinha de cerveja – o resultado é um refresco de cevada, com sabor diluído e “temperado” pelo limão.

10.    O que é a cerveja “choca”?
Três efeitos indesejáveis na cerveja podem resultar numa bebida alterada, chamada popularmente de “choca”:
a) perda de gás carbônico, por conta de algum defeito na tampa ou pelo “esquenta-esfria” da garrafa, que faz a tampa se contrair e expandir – e, consequentemente, escapar o gás;
b) cerveja “velha” ou mal transportada ou armazenada e que perdeu suas características ideais;
c) coagulação da proteína da cerveja – de novo por causa do processo de “esquenta-esfria” feito algumas vezes. Nesse caso, a bebida não tem sabor alterado, mas seu aspecto fica comprometido, levemente leitoso, num efeito chamado de turbidez.

Mas a dica mais importante, que eu chamaria de 11ª, seria: beba com moderação. E não falo somente da mistura péssima de bebida e direção, falo sobre beber bem, o que é diferente de beber muito. Aproveitar o sabor da cerveja depois de muitos e muitos copos se torna impossível – principalmente de se lembrar. Mesmo as cervejas mais gourmets tem alto ABV e podem dar a fantástica dor de cabeça no dia seguinte (nunca me esqueço dos 3 litros de München em um pub que me causaram o pior domingo da vida). Portanto, separe os objetivos. Se o intuito é beber muito, faça-o rodeado de pessoas conhecidas e confiáveis, prepare o Engov e o kit antirressaca e aproveite!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Natural de Pomerode, representando a Alemanha

Alimentar expectativas é arriscado. Mas quando estas são supridas... ah, nada melhor! Sim, eu nutri uma absurda expectativa ao ir para Blumenau, e por mais que sinta que fiquei muito pouco tempo, fiz o suficiente. Este é o terceiro e último post rendido pelos dois dias em terras pseudo-alemãs.

Na realidade nem falo do evento, e nem de Blumenau. Foi em Pomerode, uma cidadezinha meiga a poucos quilômetros de Blumenau, conhecida com a cidade mais alemã do Brasil,  que conhecemos a Cervejaria Schornstein. Fundada em junho de 2006, está sediada em um prédio tombado pelo patrimônio histórico, com cerca de 50 anos de existência e que tem uma chaminé de 30 metros de altura toda de tijolos maciços (por isso a referência logomarca e no significado do nome da fábrica). Tem ainda uma segunda fábrica na cidade de Holambra, em São Paulo.

Na fábrica em Pomerode, visitamos o bar da fábrica, o Schornstein Kneipe, onde servem petiscos tradicionais da culinária holandesa e alemã e ainda sugerem harmonizações para cada tipo de chope. Um pão fascinante e porções muito apetitosas e bem preparadas.

Ao chegar, pedimos o menu degustação, com os cinco tipos de cerveja que fabrica: pilsen natural, pilsen cristal, weiss, pale ale, bock e imperial stout.

A mesa, composta de 5 adoradores de cerveja foi unânime ao eleger o chope pilsen natural não só o melhor do local, mas o melhor da viagem. Foi então que vimos: uma torre de chope natural a caminho da mesa vizinha e não hesitamos. O chope é denso e encorpado, espuma densa, de cor mais turva. Um forte gosto de fermento, pouco  - bem pouco – amargo, talvez porque o lúpulo não se faz presente. Mais um excelente exemplar que segue a Lei da Pureza alemã (aquela...), uma cerveja de atributos tão naturais como aquela que a apresenta!

Sim, encontramos a cerveja perfeita! A perfeita para celebrar, comemorar e depois relembrar uma viagem curta mas sensacional.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

De rosa e de 11, Catarina também comemora!

Onze.

Meu número, e hoje ainda mais. Meu aniversário.

E pensando em números, pensei em cerveja. Não, não existe uma cerveja de rótulo 11. Existiu, mas foi retirada. Mas existem tantas outras que até marcaram passagem aqui pelo blog. Entre elas, dois exemplos:

A 1795 foi a primeira cerveja que, então Renatinha e eu, tomamos no Melograno, de onde veio toda a ideia do blog e da busca que persiste – mesmo apesar dos pesares.

Ontem, na exata virada comemorei com um amigo querido – desses novos que a vida nos presenteia – com uma 1906. Cerveja que me marcou num evento entre amigos.

Números e sabores. Números e cheiros. Números e cores.

Por isso, minha cerveja especial de aniversário, por razões emocionais e, para quem me conhece, até obvias, é a Hoergaarden Rosée.

Hoegaarden porque é Hoegaarden e das mais simples cervejas, uma das favoritas.

E Rosée... como eu disse, quem me conhece sabe que tenho rosas desde o pé até no meu registro de nascimento.

Este exemplar colorido da querida Hoergaarden nada mais é que a cerveja branca com adicional de framboesa. Doce, frutada, uma típica fruitbeer. Deixa o toque rosa com seu creme salmão, o sabor doce e ainda, uma certa cremosidade que impressiona. Sem amargor nenhum, uma companhia perfeita para, quem sabe, um bolo de aniversário ou qualquer outro tradicional docinho da data.

Feliz, de aniversário a Hoegaaden, hoje comemoro uma fase muito boa da vida. Foi em 2011 que a paixão por cerveja floresceu, e tem crescido a cada dia, a cada rotulo, a cada novo amigo que esta nova “empreitada” me traz.

Em 2011 eu conquistei mais do que só mais um ano de vida. Foram incontáveis cervejas, incontáveis risadas, icontaveis boas companhias. Agradeço a todos que participam e me ajudam nesta busca da cerveja perfeita!

E é hoje, no dia 11, uma garota 11, que eu falo de mais uma no hall das favoritas. Rosa.

<:)

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Estação Oktoberfest. Desembarque pelo lado direito do trem.

Semanas conturbadas. Um misto de inferno astral, resoluções de final de ano e a sazonalidade do meu trabalho – que ainda não é só cerveja – me afastaram um pouquinho daqui. Sinceras desculpas.

Ainda em clima de Oktoberfest, ainda lembrando da visita à fábrica da Eisenbahn, ainda lembrando daquele final de semana cheio de viagens, chuvas e histórias.

Falando em história, falemos da história da Eisenbahn. Cervejaria nacional localizada em Blumenau – SC – desde 2002 e em 2008 comprada pelo Grupo Schincariol, é uma das poucas nacionais que produz seu chope seguindo a Reinheitsgebot, a “Lei de Pureza Alemã” (aquela que um dia um rei que acordou de ressaca e uma maldita dor de cabeça e resolveu que não haveria mais nada nas cervejas além de malte de cevada, lúpulo e água). Sua fábrica fica ocalizada ao lado de uma antiga linha de trem em Blumenau, o que serviu de inspiração: Eisenbahn em alemão significa ferrovia. A Eisenbahn é premiada internacionalmente,sendo a primeira cervejaria da América do Sul a conquistar o European Beer Star, com 2 medalhas de bronze. Vale ainda citar que a Eisenbahn foi citada o livro de Michael Jackson, um dos melhores escritores e conhecedores de cervejas do mundo. Esse livro é como se fosse um guia de cervejas de todo o mundo e a Eisenbahn é a única cervejaria brasileira que aparece na página da América Latina.

Entre tantas outras menções e prêmios, a Eisenbahn é umas das estrelas do maior festival de cerveja. E como não poderia deixar de ser, tem uma receita específica para tal: A Eisenbahn Oktoberfest. Feita para celebrar os 25 anos da maior festa alemã fora da Alemanha, a Eisenbahn lançou a primeira Cerveja Oktoberfest feita no Brasil. Desenvolvida especialmente para o festival, é produzida somente de setembro a outubro. É uma cerveja lager de corpo médio, cristalina, com coloração dourada escura, e com aromas marcantes de malte, pão e cereais, apresentando leves aromas de lúpulo em simpáticas long-necks de rótulos azul-brilhante. É também considerada uma Märzenbier, já que segue o mesmo principio das cervejas do tipo.

Não, não a provei no festival, mas ainda antes da visita à fábrica, harmonizando com uma suculenta porção de polentas fritas e salsichões, além claro de risadas, amigos, chapéus, copos e souvenirs e, entre os 4 amigos, outros 2 tipos de cervejas da marca. Para mim, a cerveja mais leve da mesa, que contratou muito com o clima do local: frio, nublado e chuvoso.

Então, na sequência e para aquecer, dei início a prova de todas as cervejas da Einsenbahn. Minha favorita? Ainda a Oktoberfest!

Prosit!