segunda-feira, 11 de abril de 2011

Impressões

Pela segunda sexta-feira seguida, dispensei a companhia das amigas para me preparar para algo maior que aconteceria no sábado.

Nada melhor para uma concentração do que muito descanso e boa cerveja.

A cerveja escolhida nesta datas citadas, foi a Franziskaner Hefe-Weissbier. Uma respeitável senhora de mais de 600 anos, que é obtida através de alta fermentação.

Já era consumida e apreciada pelos babilônios. E é a preferida de 9 entre 10 bávaros, criadores do estilo.

Uma experiência bastante suave, já que contém menos lúpulo, e o processo de filtragem mantém o fermento mesmo após o envase.

Como as demais cervejas de trigo, possui uma cor amarelo ouro bastante turva. 

Confesso que ao sentir seu aroma tive que me redimir do comentário feito no post sobre a Baden Baden Weiss. Um leve toque de banana que combinou perfeitamente com o estilo. Então sim, banana também pode ser uma boa combinação, desde que utilizada em uma bem medida dose.

Outro aroma e sabor que fez essa cerveja me ganhar, foi o cravo. A especiaria conferiu uma complexidade atraente ao seu paladar.

E já que estamos falando de uma cerveja que segue a maneira mais antiga de ser produzida, nada melhor do que seguir as tradições alemãs à risca. Uma delas refere-se ao brinde com esse estilo específico de cerveja, que deve ser feito com a parte inferior do copo.

Bom, após esta deliciosa cerveja, fui dormir tranquila e relaxada para que no sábado pudesse chegar bastante animada aos shows que ansiosamente esperava desde o final do ano passado: Ozzy e U2.

É nesta parte que peço perdão aos bávaros e suas tradições, com todo o respeito que esta cerveja de qualidade e produzida com cuidado merece. Mas as melhores cervejas desses dois últimos fins-de-semana foram, sem dúvida, as pouco geladas, caras, mal armazenadas e pessimamente servidas em copos de plástico, mas que foram embaladas por músicas que conversavam com minha alma.

Nem sempre a melhor cerveja é a melhor cerveja. Muitas vezes as impressões sobre ela dependem muito mais da companhia e do lugar onde ela é apreciada.

Um comentário:

  1. Porque a cerveja não é só a cerveja. É a musica, a companhia, o local e o espírito.
    And "we still haven't found what we're looking for..." :)

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