sexta-feira, 15 de abril de 2011

Malzbier: Ser ou não ser... cerveja!

A Malzbier, como disse no primeiro post, é minha cerveja favorita. Desde os tempos de menina, sempre gostei de cerveja escura, e foi a Malzbier minha porta de entrada. E sempre será, indiscutivelmente, cerveja!

Gostar de Malzbier me põe em situações nada agradáveis. Porque pior que o preconceito do homem com a mulher que gosta de cerveja, é com a que pede uma Malzbier. Conhecida amplamente como “cerveja de mulher”, raras são as vezes que um homem a pede num local público. Tanto que, recentemente em um churrasco, um amigo se aproveitou da minha irreverência e assumiu que há tempos não bebia uma Malzbier, que ia poder matar a vontade. Poder? Porque realmente Malzbier é um produto raro...

Ainda, conhecida como “cerveja de grávida”, por ter uma gradação alcoólica bem inferior à das cervejas pilsen, complementa o meu hall de situações desagradáveis. Certa vez, minha então sogra parou um evento familiar pra me perguntar se tomar Malzbier era a maneira que dizer à todos que eu estava grávida. Oi?

O estilo Malzbier vem de “cerveja de malte”, onde sua fermentação ocorre por volta do 0C e o gás carbônico e o açúcar - caramelo e xarope de açúcar - são adicionados depois, o que dá a coloração mais escura (não, a culpa não é do malte). Dizem as más línguas que antigamente a Malzbier era feita para reaproveitar a cerveja de início e fim da filtração e cervejas fora dos padrões.

Hoje, a Malzbier já nem é mais conhecida como cerveja na Alemanha, seu país de origem, onde perdeu o posto e virou bebida energética, se enquadrando no grupo de “outras cervejas com baixo teor alcoólico”, uma vez que quase não tem fermentação. E quando falo de Malzbier, uso a clássica metonímia como figura de linguagem, já que é da Antarctica Malzbier que me refiro. Ela, que é mais saborosa e muito menos doce que as concorrentes brasileiras, como a Brahma, Schin, Crystal e Itapava. Fora do Brasil não temos outros exemplares conhecidos para comparar – a não ser que queiram me apresentar, serão bem-vindas!
 
As cervejas importadas, não-filtradas, triplamente filtradas, de trigo, de Deus, do inferno, que me desculpem, mas Malzbier me transporta para um lugar só meu, onde as coisas são mais simples, são felizes. É abrir facilmente uma long neck e sentir o caramelo, o aroma adocicado, apreciar o sabor da minha adolescência, lembrar de coisas boas. É beber sozinha, voltando daquele esperado show. É sentar no sofá da sala e assistir o seriado favorito, ou abrir a geladeira numa tarde cinza e saber que nem tudo está perdido. É pedir na mesa do bar e encarar os amigos, assumir minhas vontades.

É, mesmo depois de provar tantos outros rótulos, saber que eu continuo ligada nas minhas próprias vontades, sem influencias externas.

É resolver agora, de supetão, descer ao bar e pedir uma Malzbier como entrada para outras grandes cervejas, como no início...

5 comentários:

  1. Concordo com voce totalmente escrevi o comentario bebendo malzbier

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  2. Há 48 horas atrás, eu não gostava de cerveja. Sério mesmo. Nunca gostei do amargor, e nunca achei tudo o que dizem... Até provar uma Malzbier. Minha nova paixão!

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  3. Gostaria de saber se a malzbier ajuda na fertilização da mulher ou se é mito?

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  4. Meu Deus que tudoooo, acabei de me deliciar de uma #malzebier e lendo esse post, parece quer foi escrito por mim, me identifiquei muuuuuuuuuito. Parabéns.

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  5. Meu Deus que tudoooo, acabei de me deliciar de uma #malzebier e lendo esse post, parece quer foi escrito por mim, me identifiquei muuuuuuuuuito. Parabéns.

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