segunda-feira, 9 de maio de 2011

Evolução

Às vezes há sinais claros de que somos seres em evolução. Nesse fim de semana do Dia das Mães, me dei conta disto analisando como os churrascos dos quais participo evoluíram.

Lembro de quando criança ver aquela churrasqueira pequena de ferro no quintal da casa de meu avô, comandada por meus tios que ou queimavam a carne ou a deixavam crua demais e regado por muitos refrigerantes. O cardápio era em sua maioria espetinhos de carne, frango e coraçõezinhos de galinha e havia muitos acompanhamentos  (maionese, vinagrete, farofa, saladas, arroz...).

Depois foram os churrascos no clube durante a pré-adolescência. Onde tudo era levado em isopores e nem os refrigerantes conseguiam ficar gelados o suficiente, imagino as cervejas. As carnes? Bom, nem um pingo de gordura, secas e meio esturricadas. Muitos bifes de contra-filé, linguiça e pães. Ainda bem que havia pão e muitos acompanhamentos, lembro que até tortas de liquidificador faziam parte do cardápio destes churrascos e a melhor parte para mim era a hora da sobremesa.

Mas então chegamos à adolescência onde os churrascos eram uma desculpa para beber muita cerveja com os amigos. A cerveja passa enfim a ser mais importante do que a carne. Ir em galera para o mercado e lotar o carrinho com muitos engradados da cerveja mais barata e quente que encontrássemos. Os garotos fazendo ares de entendidos ao fingir que sabiam o que faziam ao escolher a carne. Muitos espetinhos e apenas uma peça de picanha que seria sufiente no máximo, para metade dos convidados.

Nada de acompanhamentos, apenas pão. E claro que a cerveja nunca tinha tempo de gelar, era consumida quase que imediatamente à chegada no local do churrasco que passa a ser conhecido intimamente como churras. Definitivamente, só iríamos nos preocupar com a cerveja quente e ruim quando acordássemos com muita dor de cabeça e então faríamos a clássica promessa de nunca mais beber na vida, pelo menos até o próximo churras...

Mas a gente cresce, evolui, aprende. Aprende a fazer churrasco e a beber, e assim não há mais razão para falsas promessas. 

O churrasco de ontem, em homenagem às mães presentes (mãe, te amo) tinha no cardápio: picanha suína, picanha de cordeiro, e costela no vapor. Todas as carnes compradas em um açougue de confiança e previamente marinadas. Salada, e alguns molhos para a carne. E claro regado à muita Norteña gelada.

Chega de cerveja ruim e quente e de carnes mal preparadas.

A Norteña é uma american lager uruguaia que possui uma das melhores relações custo benefício, em minha opinião, além de ser facilmente encontrada.

Leve, refrescante e de amargor suave, combina perfeitamente com churrascos onde você quer aproveitar os sabores na companhia de pessoas queridas.

Em seu rótulo a Norteña declara representar o "Orgullo de nuestra gente, esta noble cerveza es elaborada en base a las más selectas cebadas del litoral".

Para mim, a Norteña ontem representou o orgulho de evoluir. Saber que podemos melhorar a cada dia. A começar pela qualidade da cerveja que consumimos nos momentos especiais.

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