sexta-feira, 11 de março de 2011

Nem tudo precisa ser o Ó

Todo mundo que conhece o mínimo de cerveja, sabe – ou já ouviu falar – que o Frangó, na Freguesia do Ó, tem a maior carta de cerveja de São Paulo. E que, ainda, a coxinha de lá é inesquecível. O Frangó tem aquele clima de boteco, decoração rústica, com bolachas e garrafas, espelhos e propagandas antigas de cervejas. O bar – diz – oferece quase 200 tipos de cerveja e 5 tipos de chopps importados. Além dos nacionais.

Só que mulher é fogo. Mulher é exigente né? Não não. Mulher sabe o que é bom e sabe como deve ser. E nós mulheres achamos o bar nada mais que... o Ó! O atendimento deixou a desejar. Se compararmos à atenção recebida no Melograno, o Frangó foi como um balde de água fria.

Quer dizer... não maior que o balde de água fria que o garçom deu na Renatinha quando disse que a Slava, nossa menina linda, que estava FECHADA e em temperatura ambiente como DECORAÇÃO do bar, não tinha em estoque. Poxa, deixar uma cerveja de valor sentimental inestimável para nós mulheres como decoração? Porque não uma garrafa vazia, onde aquele líquido tão bem quisto já tivesse saciado o desejo de Frank Sinatra de alguma outra mulher em busca da perfeição? Não, bar desaprovado. Até porque foram 4 os rótulos solicitados que o bar não tinha, entre eles a Bamberg, que nos foi tão bem indicada. Ficamos por algum tempo apenas nas Devassas e tradicionais Pilsens.

Mas vamos falar da parte que nos atendeu. Há algum tempo tinha lido sobre cerveja trapista e decidi que era a hora certa de prová-la. A cerveja trapista – ale / alta fermentação - é produzida sob a supervisão de monges da Ordem Trapista, ordem esta que conta com 171 mosteiros pelo mundo, mas apenas 7 tem o selo de autenticidade para a produção da cerveja – 6 na Bélgica e um nos Países Baixos. Cerveja monástica!

A escolhida foi a La Trappe Blonde, que por acaso é uma cerveja holandesa fabricada pela Koningshoeven, a única fora da Bélgica a fabricar a tradicional cerveja trapista. Toda bem produzida, em seu cálice trapista de 330ml, veio refrescante, pouco amarga, bem frutada, mas com uma rápida persistência do sabor. Valeu pela feminilidade da taça, pela garrafa bem apresentada e por todo chamego para se servir.

Valeu também pela companhia, já que a mesa das mulheres era dividida com um amigo antigo e especial que aposta todo seu sorriso em nossos textos. Ele fala tão bem de mulheres, de cerveja e de assuntos aleatórios que nosso encontro no bar foi marcado até por um “press-release”, que nos deixou extasiadas!

Foi um dia de altos e baixos, mas eu sabia que conhecer uma trapista não seria à toa, seria um dos passos importantes da nossa busca... Que a cada semana nos surpreende mais com novos rostos, gostos, sabores e companhias agradáveis.

2 comentários:

  1. Sejamos sinceras... além de não ter muitas cervejas da carta ainda nos expulsaram de lá sem sequer nos deixarem pedir uma saideira.

    Mas justiça seja feita, o garçom (apesar de demorar p/ chegar na mesa) pelo menos sabia do que estava falando e sugeriu cervejas boas e dentro do que pedíamos...

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  2. Amigo Antigo Especial11 de março de 2011 às 20:41

    Todos os sorrisos do mundo pro post, pro blog e pra vocês =)

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